Verónica Macedo, C.D.R.C Tebosa



Quais os benefícios e desvantagens que vocês atletas esperam retirar nesta nova fase? 

Na minha opinião seria muito vantajoso para todas as equipas, a fim de existir maior competitividade, devido à exigência da nova fase .
No entanto, tudo tem as suas desvantagens e principalmente, devido aos últimos acontecimentos, nem todos os clubes poderão continuar a ter possibilidade de participar no novo campeonato e isto talvez aconteça pela falta de apoio ao futsal feminino, embora isso já não seja recente.
Como é de conhecimento geral,"nós" não geramos "milhões", como outras modalidades existentes, talvez por isso o futsal feminino seja um pouco menosprezado . 


Com este novo campeonato a competitividade no nosso futsal pode melhorar/aumentar? Porquê? 

Como mencionei anteriormente, a nível de competitividade seria bastante elevado, sendo benéfico para todas as equipas a nível colectivo e individual, com a finalidade de alinhavar uma possível subida à primeira divisão nacional.
Seria também o mais justo, uma vez que as equipas trabalharam durante a época para chegar ao escalão máximo da modalidade e esta segunda divisão acabará por valorizar o trabalho feito durante estes meses . 


E em termos de visibilidade tanto para clubes como para vocês atletas, o que achas que esta possível 2ª Divisão Nacional pode trazer de novo?

Com este novo campeonato teríamos uma visibilidade superior tanto os clubes, como as atletas .

Sabendo que iria também criar novas oportunidades, essencialmente para jogadoras que estão a iniciar a sua vida no mundo do futsal .


                                                                                                              Verónica Macedo 


© 2016 Raparigas da Bola, Portugal

DESIGUALDADE DE GÉNERO NO DESPORTO É EXPOSTANuma semana marcada pelo Dia da Mulher e pelas maiores conquistas portuguesas de sempre no europeu de atletismo, as notícias que se seguiram a estes dias evidenciam a diferença de importância dada à mulher no desporto.

Em geral, é preciso uma mulher ganhar uma medalha para que ela tenha destaque e mesmo quando isso acontece, a visibilidade não é das maiores, como foi visto esta semana.

Ser uma mulher no desporto não é fácil. A falta de visibilidade, a falta de patrocínios e a falta de interesse geram um ciclo que torna complicada a formação de atletas mulheres de ponta.

O grupo Raparigas da Bola luta para quebrar este ciclo, dando voz e visibilidade a atletas femininas, de diferentes modalidades desportivas.

Percebendo-se que no Dia da Mulher há uma tendência para falar sobre mulheres, mas que logo no dia a seguir tudo volta à triste normalidade, o grupo resolveu intervir, usando os próprios jornais desportivos como ponto de partida.

A iniciativa intitulada #ElasTambémJogam, consistiu em transformar todas as notícias publicadas nestes jornais, no dia 9 de março, num gráfico dividido em duas cores: uma para os homens e outra para as mulheres.

Esses gráficos transformaram-se em verdadeiros jornais, mas sem nenhuma foto ou texto, só as cores que evidenciam a diferença de atenção dada às mulheres. Os jornais foram entregues a jornalistas, inluenciadores e atletas para que estes amplificassem o alcance desta ação, ainda no dia 09.

O desejo do grupo não é confrontar os jornais, pelo contrário, é fazer deste um momento de reflexão para que todos se possam unir e dar mais visibilidade às mulheres no desporto, já que elas acreditam que a partir daqui é possível começar a mudar este ciclo de desigualdade. «Mais visibilidade gera mais interesse do público, que desperta interesses de marcas, que gera investimentos e consequentemente volta a gerar visibilidade.» relata Marta Faria, fundadora do Raparigas da Bola.

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