Rute Lavado, C.F.PELLETTERIE CALCIO 5 (Italia) 



O primeiro contacto com a bola, foi no futebol. Porquê trocar o futebol pelo futsal? 

Na realidade não tive muita escolha , não podia jogar mais futebol 7 derivado a idade e fui obrigada a ir para o futsal, onde me vi numa realidade muito diferente , campo mais pequeno , bola , tudo.Fiquei ali uns anos depois ainda fui uma época para o Futebol11 mas o amor que tinha pelo Futsal falou mais alto. 


Fala -nos um pouco do teu percurso desportivo? 

Comecei no Paio Pires a jogar Futebol 7 com 7 anos. Aos 11 anos passei para o o sector de Futsal do Paio pires aos 15 Fui para a Escolinha Futebol Feminino Setúbal onde estive uma época na Primeira divisão no fim da época voltei novamente para o futsal , para a Casa Benfica de Alcochete naquele ano vencemos tudo, estive dois anos no Miratejo. E depois abri portas e fui além fronteiras estive 2 anos no Vis Fondi ( Italia ) e este ano estou na equipa C.F.PELLETTERIE CALCIO 5 (Italia).


Como te caracterizas como jogadora? 

Com muita garra , muita humildade e sempre com vontade de aprender mais. E acho que é isso que faz de mim uma jogadora simples e lutadora. 


Do que é que já abdicaste pelo Futsal e o que é que o Futsal já te deu? 

Abdiquei de estar junto da minha família. O futsal faz-me abdicar de tudo , aniversários , Casamentos, Baptizados , Nascimentos , encontros de família. Mas quem me conhece sabe que sou feliz dentro de campo por isso, eles respeitam esta ausência e dão-me imenso apoio. O futsal já me deu muita coisa também, deu-me amigos , deu-me títulos , sorrisos e até mesmo lágrimas e todos os dias de manhã da-me força para continuar a sonhar! 


Como é a Rute fora da quadra ? 

Agora é que a conversa ficou difícil ( Ahahah ) Fora de campo, gosto de ser discreta, gosto de aproveitar a natureza, sou muito tranquila amiga do amigo e muito brincalhona. Gosto muito de estar com os meus amigos , gosto de rir , fora de campo sou totalmente outra pessoa. 


Quais os teus objectivos para a presente temporada? 

Os meus objectivos este ano passam por levar " dentro das malas" um titulo, espero que seja este ano. Aprender sempre o máximo possível. 


A selecção é algo que queiras alcançar, ou não passa de um sonho? 

Acho que toda atleta pensa sempre em representar o seu País, irei trabalhar ao máximo para mim mesma e para atingir os meus objectivos pessoais se conseguir chegar a selecção serei orgulhosa , se não conseguir irei apoiar na mesma as atletas que lá estão e irão estar! 


E o Europeu de Futsal? Quais as tuas expectativas e até onde achas que a nossa Selecção pode chegar na competição?

A nossa Selecção Cresceu muito , tens muitas jogadoras de grande nível, no meu ver penso que podemos fazer umas coisas bonitas no Europeu, fazer uma boa prestação e até mesmo Vencer o Europeu. Sou confiante da nossa Selecção. 


Acreditas que o Futsal Feminino em Portugal tem força para chegar longe? 

Sim , tem força para chegar longe mas ainda é preciso muito trabalho para dar um passo ainda maior de todos aqueles que já foram dados. Penso que portugal passo a passo está a construir coisas boas para o futuro do Futsal. 


Que conselho dás a quem se está a iniciar na modalidade?

Para se concentrarem , trabalharem sempre muito e nunca deixem de acreditar que as coisas boas acabam sempre por chegar. E apaixonem-se sempre pela modalidade que fazem e verão que serão muito mais felizes a pratica-la. 



Marta Faria, Raparigas da Bola

© 2016 Raparigas da Bola, Portugal

DESIGUALDADE DE GÉNERO NO DESPORTO É EXPOSTANuma semana marcada pelo Dia da Mulher e pelas maiores conquistas portuguesas de sempre no europeu de atletismo, as notícias que se seguiram a estes dias evidenciam a diferença de importância dada à mulher no desporto.

Em geral, é preciso uma mulher ganhar uma medalha para que ela tenha destaque e mesmo quando isso acontece, a visibilidade não é das maiores, como foi visto esta semana.

Ser uma mulher no desporto não é fácil. A falta de visibilidade, a falta de patrocínios e a falta de interesse geram um ciclo que torna complicada a formação de atletas mulheres de ponta.

O grupo Raparigas da Bola luta para quebrar este ciclo, dando voz e visibilidade a atletas femininas, de diferentes modalidades desportivas.

Percebendo-se que no Dia da Mulher há uma tendência para falar sobre mulheres, mas que logo no dia a seguir tudo volta à triste normalidade, o grupo resolveu intervir, usando os próprios jornais desportivos como ponto de partida.

A iniciativa intitulada #ElasTambémJogam, consistiu em transformar todas as notícias publicadas nestes jornais, no dia 9 de março, num gráfico dividido em duas cores: uma para os homens e outra para as mulheres.

Esses gráficos transformaram-se em verdadeiros jornais, mas sem nenhuma foto ou texto, só as cores que evidenciam a diferença de atenção dada às mulheres. Os jornais foram entregues a jornalistas, inluenciadores e atletas para que estes amplificassem o alcance desta ação, ainda no dia 09.

O desejo do grupo não é confrontar os jornais, pelo contrário, é fazer deste um momento de reflexão para que todos se possam unir e dar mais visibilidade às mulheres no desporto, já que elas acreditam que a partir daqui é possível começar a mudar este ciclo de desigualdade. «Mais visibilidade gera mais interesse do público, que desperta interesses de marcas, que gera investimentos e consequentemente volta a gerar visibilidade.» relata Marta Faria, fundadora do Raparigas da Bola.

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