ALMA SALGUEIRISTA

"O Salgueiros foi fundado a 8 de Dezembro de 1911, sob o candeeiro 1047 na Rua da Constituição."

"O Sport Comércio e Salgueiros é uma das instituições desportivas, mais antigas, da cidade do Porto e do País."


Com 110 anos de existência , o Histórico Salgueiros, que regressou a temporada passada aos Campeonatos Nacionais, aposta, esta época que vai iniciar, no Futebol Feminino.

Este era o momento certo, como nos conta Pedro Seixas, Vice Presidente e diretor da entidade formadora do Salgueiros. 


"Desde a nossa entrada no Salgueiros em 2013  que temos dado passos que sejam sustentáveis e duradouros, entramos numa fase inicial de recuperação económica do clube e numa segunda fase num processo de crescimento desportivo do mesmo. O projeto do futebol feminino do Salgueiros está, nesta fase, dentro do departamento de Futebol de Formação, e antes da criação desta equipa, tínhamos que voltar a colocar as equipas de formação, que já estavam formadas, a um nível alto, como é histórico do clube. Tendo conseguido estabilizar esse processo de formação, com equipas nos campeonatos nacionais, plantéis competitivos e uma estrutura consistente, sentimos que era o momento de criação da equipa de futebol feminino. Nesta primeira fase, avançamos apenas com a equipa sénior, mas temos o plano de aumentar atletas e equipa, criando a médio prazo um polo específico dedicado a equipas de futebol feminino de formação e seniores."


É, de salientar, que, pela formação do Salgueiros, passou um dos grandes valores  do Futebol Feminino Português, Maria Negrão, atual jogadora  do Sport Lisboa e Benfica e das Seleções Nacionais. Tendo uma formação já bem estruturada, o arranque no feminino era algo que fazia todo o sentido, mas nunca é fácil, começar do "zero".


"O primeiro ano é sempre o mais difícil, mas não sinto que começamos do 0, existe uma sinergia com vários elementos do departamento de futebol de formação com experiência no treino e na coordenação, e foi por isso mesmo que decidimos arrancar esta época pois sentimos que estávamos preparados. Obviamente em termos de plantel arrancamos do 0, mas um nome forte e histórico como o do Salgueiros, desperta o interesse para se estar envolvido. A verdade é que desde que abrimos os treinos têm aparecido muitas atletas, em quase todos os treinos está presente alguém novo e temos vários contactos que apenas tem a disponibilidade para o arranque a 100%, que será no início de setembro."  


A preparação, para uma época que se espera tranquila e de aprendizagem, tem sido feita com consciência do desafio, tendo sempre em mente que a Alma Salgueirista e a união característica do Clube e das suas gentes fará sempre a diferença.


"Estamos a preparar-nos com a Alma que é característica do Salgueiros, temos recebido o contacto de várias atletas e temos o plantel a 60/70% fechado. Temos a vantagem de treinar na Faculdade de Desporto, no São João, o que é uma vantagem logística muito grande e ajuda a essa procura. O objetivo passa por sermos competitivos todos os jogos, acreditamos que nos vamos apresentar em todos os jogos com muita vontade de vencer. Existem grandes expectativas para uma época positiva, temos a noção que é um projeto novo, mas vamos ter um grupo unido pois o projeto acaba por ser também de cada uma das atletas. O que tenho sentido é que estão exatamente com esse espírito."


A equipa técnica é encabeçada por Marisa Pires, ex jogadora, com passagens pelo AD Grijó e CF Oliveira do Douro, entre outros, que junta ao seu percurso, de mais de 12 anos, o primeiro grande desafio, ao liderar a "entrada" do Salgueiros nos campeonatos Femininos. José Delgado é o treinador adjunto e Alexandre Macedo, treinador das guarda redes.


A Alma Salgueirista está de volta...e no Feminino!!



Marta Faria
Raparigas da Bola 



© 2016 Raparigas da Bola, Portugal

DESIGUALDADE DE GÉNERO NO DESPORTO É EXPOSTANuma semana marcada pelo Dia da Mulher e pelas maiores conquistas portuguesas de sempre no europeu de atletismo, as notícias que se seguiram a estes dias evidenciam a diferença de importância dada à mulher no desporto.

Em geral, é preciso uma mulher ganhar uma medalha para que ela tenha destaque e mesmo quando isso acontece, a visibilidade não é das maiores, como foi visto esta semana.

Ser uma mulher no desporto não é fácil. A falta de visibilidade, a falta de patrocínios e a falta de interesse geram um ciclo que torna complicada a formação de atletas mulheres de ponta.

O grupo Raparigas da Bola luta para quebrar este ciclo, dando voz e visibilidade a atletas femininas, de diferentes modalidades desportivas.

Percebendo-se que no Dia da Mulher há uma tendência para falar sobre mulheres, mas que logo no dia a seguir tudo volta à triste normalidade, o grupo resolveu intervir, usando os próprios jornais desportivos como ponto de partida.

A iniciativa intitulada #ElasTambémJogam, consistiu em transformar todas as notícias publicadas nestes jornais, no dia 9 de março, num gráfico dividido em duas cores: uma para os homens e outra para as mulheres.

Esses gráficos transformaram-se em verdadeiros jornais, mas sem nenhuma foto ou texto, só as cores que evidenciam a diferença de atenção dada às mulheres. Os jornais foram entregues a jornalistas, inluenciadores e atletas para que estes amplificassem o alcance desta ação, ainda no dia 09.

O desejo do grupo não é confrontar os jornais, pelo contrário, é fazer deste um momento de reflexão para que todos se possam unir e dar mais visibilidade às mulheres no desporto, já que elas acreditam que a partir daqui é possível começar a mudar este ciclo de desigualdade. «Mais visibilidade gera mais interesse do público, que desperta interesses de marcas, que gera investimentos e consequentemente volta a gerar visibilidade.» relata Marta Faria, fundadora do Raparigas da Bola.

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