Joana Leite, Maia Futsal

Quais os benefícios e desvantagens que vocês atletas esperam retirar nesta nova fase? 

Uma das muitas vantagens que acho fundamental para criar a 2ª Divisão Nacional é a valorização do futsal feminino em Portugal, e consequentemente de todas as atletas que praticam este desporto nas divisões inferiores ao campeonato Nacional. Uma vez que, a única alternativa mais aproximada ao campeonato Nacional é a 1ª Divisão Distrital, uma discrepância de patamares acentuada.  


Com este novo campeonato a competitividade no nosso futsal pode melhorar/aumentar? Porquê? 

No campeonato distrital por vezes encontramos uma diferença muito grande de qualidade e ritmo entre as equipas, podemos perceber isso pelo facto de, por exemplo, esta época na 1ª divisão do campeonato distrital do Porto, a equipa que ficou em último lugar fez apenas um ponto. A competição tem de ser o mais exigente possível, para que as equipas que conseguem atingir o campeonato Nacional já estejam num patamar competitivo mais aproximado do que é a exigência do campeonato nacional. 


E em termos de visibilidade tanto para clubes como para vocês atletas, o que achas que esta possível 2ª Divisão Nacional pode trazer de novo? 

A nível de visibilidade este novo formato poderá dar abertura a novos investimentos de patrocinadores para os clubes, sendo que isso traria melhores condições para todas as atletas. Uma possível 2ª Divisão Nacional acabaria por ser um maior prestigio para o clube, atletas e patrocinadores. 


                                                                                                                 Joana Leite

© 2016 Raparigas da Bola, Portugal

DESIGUALDADE DE GÉNERO NO DESPORTO É EXPOSTANuma semana marcada pelo Dia da Mulher e pelas maiores conquistas portuguesas de sempre no europeu de atletismo, as notícias que se seguiram a estes dias evidenciam a diferença de importância dada à mulher no desporto.

Em geral, é preciso uma mulher ganhar uma medalha para que ela tenha destaque e mesmo quando isso acontece, a visibilidade não é das maiores, como foi visto esta semana.

Ser uma mulher no desporto não é fácil. A falta de visibilidade, a falta de patrocínios e a falta de interesse geram um ciclo que torna complicada a formação de atletas mulheres de ponta.

O grupo Raparigas da Bola luta para quebrar este ciclo, dando voz e visibilidade a atletas femininas, de diferentes modalidades desportivas.

Percebendo-se que no Dia da Mulher há uma tendência para falar sobre mulheres, mas que logo no dia a seguir tudo volta à triste normalidade, o grupo resolveu intervir, usando os próprios jornais desportivos como ponto de partida.

A iniciativa intitulada #ElasTambémJogam, consistiu em transformar todas as notícias publicadas nestes jornais, no dia 9 de março, num gráfico dividido em duas cores: uma para os homens e outra para as mulheres.

Esses gráficos transformaram-se em verdadeiros jornais, mas sem nenhuma foto ou texto, só as cores que evidenciam a diferença de atenção dada às mulheres. Os jornais foram entregues a jornalistas, inluenciadores e atletas para que estes amplificassem o alcance desta ação, ainda no dia 09.

O desejo do grupo não é confrontar os jornais, pelo contrário, é fazer deste um momento de reflexão para que todos se possam unir e dar mais visibilidade às mulheres no desporto, já que elas acreditam que a partir daqui é possível começar a mudar este ciclo de desigualdade. «Mais visibilidade gera mais interesse do público, que desperta interesses de marcas, que gera investimentos e consequentemente volta a gerar visibilidade.» relata Marta Faria, fundadora do Raparigas da Bola.

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