Érica Silva,14 anos, ACD Gulpilhares




Quem é a Erica?

Tenho 14 anos, sou extrovertida, simpática, brincalhona, mas quando entro dentro de campo só tenho o objectivo de treinar e me esforçar para poder chegar mais longe.


Como surgiu a paixão pelo Hóquei?

A minha paixão pelo hóquei surgiu quando eu tinha 6 anos, o meu avô levou-me ao pavilhão de Gulpilhares para eu experimentar e a partir daí comecei a ir às escolhinhas  aos sábados de manhã e o hóquei tornou-se muito especial na minha vida.


A tua família sempre te apoiou nesta escolha?

Tanto os meus pais como os meus avós sempre me deram apoio e estiveram sempre lá para mim, são os meus maiores fãs.


Fala-nos um pouco sobre o teu percurso na modalidade?

O meu percurso foi sempre no ACD Gulpilhares, o meu primeiro jogo oficial eu tinha apenas 6 anos,era benjamim e foi contra o Académico do Porto, lembro-me bem pois foi onde eu marquei o meu primeiro golo, já tive presente em 2 finais distritais "Associação de Patinagem do Porto" a minha estreia no campeonato nacional foi no 1ª ano de sub 13, fui e sou capitã de equipa, para mim é um orgulho. Aos 12 anos fui convocada para o meu primeiro treino pela "Associação de Patinagem do Porto". Aos 13 anos fui convocada para o II Torneio Inter-Associações Feminino Sub-17 e no mesmo mês fui convocada para mais uma acção do Projecto Observação e Validar Futuro da selecção nacional, para mim foi uma loucura pela experiência, que me deu ainda mais vontade de trabalhar.


Como te defines enquanto jogadora?

Considero-me uma jogadora focada, que se esforça em todos os treinos para chegar aos jogos na melhor forma, nunca desisto de um lance nem dum resultado menos positivo, dou tudo até ao último segundo do jogo.


Quem admiras no Hóquei? Quem é a tua maior referência?

No hóquei admiro o Hélder Nunes, o Caio, Marlene Sousa e a Inês Vieira. As minhas maiores referencias foram os bons treinadores que tive até agora, pois todos eles me ajudaram no meu crescimento, Ana Azevedo, Vitor Sousa, Nuno Carrão, Luís Gomes e actualmente o Ricardo Caldas e na "Associação de Patinagem do Porto" Hélder Antunes, Raul Alves e Miguel Moreira.


Sonhos e objetivos. Quais os teus para um futuro próximo?

O meu objectivo próximo é que o ACD Gulpilhares tenha seniores Femininos, um clube que eu amo e gostaria de representar em sénior para poder crescer mais. O meu sonho é um dia representar o SL Benfica e a Selecção Nacional.


Se tivesses esse poder, o que mudarias ou acrescentarias ao Hóquei Feminino em Portugal?

Eu acrescentaria esta modalidade nas escolas e gostaria que todos os clubes tivessem equipas sénior femininas.


Marta Faria, Raparigas da Bola

© 2016 Raparigas da Bola, Portugal

DESIGUALDADE DE GÉNERO NO DESPORTO É EXPOSTANuma semana marcada pelo Dia da Mulher e pelas maiores conquistas portuguesas de sempre no europeu de atletismo, as notícias que se seguiram a estes dias evidenciam a diferença de importância dada à mulher no desporto.

Em geral, é preciso uma mulher ganhar uma medalha para que ela tenha destaque e mesmo quando isso acontece, a visibilidade não é das maiores, como foi visto esta semana.

Ser uma mulher no desporto não é fácil. A falta de visibilidade, a falta de patrocínios e a falta de interesse geram um ciclo que torna complicada a formação de atletas mulheres de ponta.

O grupo Raparigas da Bola luta para quebrar este ciclo, dando voz e visibilidade a atletas femininas, de diferentes modalidades desportivas.

Percebendo-se que no Dia da Mulher há uma tendência para falar sobre mulheres, mas que logo no dia a seguir tudo volta à triste normalidade, o grupo resolveu intervir, usando os próprios jornais desportivos como ponto de partida.

A iniciativa intitulada #ElasTambémJogam, consistiu em transformar todas as notícias publicadas nestes jornais, no dia 9 de março, num gráfico dividido em duas cores: uma para os homens e outra para as mulheres.

Esses gráficos transformaram-se em verdadeiros jornais, mas sem nenhuma foto ou texto, só as cores que evidenciam a diferença de atenção dada às mulheres. Os jornais foram entregues a jornalistas, inluenciadores e atletas para que estes amplificassem o alcance desta ação, ainda no dia 09.

O desejo do grupo não é confrontar os jornais, pelo contrário, é fazer deste um momento de reflexão para que todos se possam unir e dar mais visibilidade às mulheres no desporto, já que elas acreditam que a partir daqui é possível começar a mudar este ciclo de desigualdade. «Mais visibilidade gera mais interesse do público, que desperta interesses de marcas, que gera investimentos e consequentemente volta a gerar visibilidade.» relata Marta Faria, fundadora do Raparigas da Bola.

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