Inês Lopes

Inês Lopes

União Recreativa de Cadima

Como é que surgiu na tua vida o Futebol?

Penso que não surgiu por acaso pois os meus pais também já tinham jogado na equipa onde me encontro agora (URC) e aos poucos foram-me introduzindo no mundo do futebol começando por me levar a ver jogos no café e um pouco mais tarde colocaram-me na minha primeira equipa:"Os Marialvas".

O Futebol foi sempre a primeira opção?

Nem sempre consegui colocar o futebol em primeiro plano pois também tive que me focar nos estudos mas sempre, ou quase sempre, encontra-se na minha primeira opção.

Do que é que já abdicaste pelo Futebol e o que é que o Futebol já te deu?

Desde momentos em família, convívios com amigos ou mesmo ocasiões importantes da minha vida de estudante já tive de abdicar pelo futebol mas no final vale sempre a pena pois o que o futebol me dá a família e amigos não conseguem dar, como a alegria de vencer um jogo, sentir a bola a rolar no campo e poder partilhar momentos inesquecíveis com colegas de equipa e o que o clube me proporciona são alguns exemplos.

O que te motiva no futebol?

O que me motiva essencialmente no futebol é saber que ao fim de semanas/meses de treino, enquanto jogadora e pessoa cresço bastante.

Quem és tu? Como te caracterizas como jogadora?

Ainda não sei quem sou, mas o futebol definitivamente está a ajudar-me a resolver este "dilema", para já sei que me chamo Inês, tenho 17 anos e que sou uma rápida avançada, cheia de garra e sempre pronta para ajudar a equipa.

E fora de campo?

Sou uma pessoa simples, simpática, alegre e também estou sempre pronta para ajudar um amigo.

Sendo tu ainda bastante jovem, onde te vês daqui a, digamos, 10 anos?

Se tudo correr bem ainda estarei a representar um clube e a dar tudo o que tenho por ele.

Ser chama à Seleção é algo muito especial. Como corre esta primeira chamada?

Correu bem dentro dos possíveis, como é óbvio a exigência em termos de treinos não faltou e a boa disposição e vontade de trabalhar também não.

E esta época no Cadima, quais eram as expetativas/ objetivos iniciais?

Penso que ninguém da equipa/clube estava a prever termos chegado tão longe. O objetivo inicial era tentar ganhar as duas competições a nível distrital.

Equipa técnica nova, bastantes jogadoras novas. Em que isso influenciou a vossa maneira de jogar?

Influenciou muito e de uma forma positiva porque conseguimos adaptar-nos bem uns aos outros, conseguimos criar um espírito de união e dentro de campo demonstramos isso e a vontade de ganhar. Conseguimos criar uma família.

Melhor marcadora da Série, como foi o primeiro golo que marcaste?

Não me lembro ao certo da ocasião mas de certo foi uma felicidade enorme pois pra mim marcar um golo significa bastante, não por ser eu a marcá-lo mas por saber que esse golo fará a diferença no jogo e dará mais ânimo à equipa para seguir em frente.

Uma frase, ou uma situação em que penses antes de entrar em campo?

Antes de entrar em campo relembro sempre que independente do que acontecer no jogo eu darei o meu melhor e acima de tudo que me divirta a fazer aquilo que gosto.

© 2016 Raparigas da Bola, Portugal

DESIGUALDADE DE GÉNERO NO DESPORTO É EXPOSTANuma semana marcada pelo Dia da Mulher e pelas maiores conquistas portuguesas de sempre no europeu de atletismo, as notícias que se seguiram a estes dias evidenciam a diferença de importância dada à mulher no desporto.

Em geral, é preciso uma mulher ganhar uma medalha para que ela tenha destaque e mesmo quando isso acontece, a visibilidade não é das maiores, como foi visto esta semana.

Ser uma mulher no desporto não é fácil. A falta de visibilidade, a falta de patrocínios e a falta de interesse geram um ciclo que torna complicada a formação de atletas mulheres de ponta.

O grupo Raparigas da Bola luta para quebrar este ciclo, dando voz e visibilidade a atletas femininas, de diferentes modalidades desportivas.

Percebendo-se que no Dia da Mulher há uma tendência para falar sobre mulheres, mas que logo no dia a seguir tudo volta à triste normalidade, o grupo resolveu intervir, usando os próprios jornais desportivos como ponto de partida.

A iniciativa intitulada #ElasTambémJogam, consistiu em transformar todas as notícias publicadas nestes jornais, no dia 9 de março, num gráfico dividido em duas cores: uma para os homens e outra para as mulheres.

Esses gráficos transformaram-se em verdadeiros jornais, mas sem nenhuma foto ou texto, só as cores que evidenciam a diferença de atenção dada às mulheres. Os jornais foram entregues a jornalistas, inluenciadores e atletas para que estes amplificassem o alcance desta ação, ainda no dia 09.

O desejo do grupo não é confrontar os jornais, pelo contrário, é fazer deste um momento de reflexão para que todos se possam unir e dar mais visibilidade às mulheres no desporto, já que elas acreditam que a partir daqui é possível começar a mudar este ciclo de desigualdade. «Mais visibilidade gera mais interesse do público, que desperta interesses de marcas, que gera investimentos e consequentemente volta a gerar visibilidade.» relata Marta Faria, fundadora do Raparigas da Bola.

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