Rute Lavado, Mush Mediterranea, Itália



Rute Lavado, joga Futsal e é uma das atletas Portuguesas que viveu e vive de perto o drama que tem sido a epidemia do Covid 19 no País que a acolhe, Itália.

Fez parte de equipas como o Vis Fondi, CF Pelletterie e agora "veste" a camisola do Mush Mediterranea. Em Itália desde a época 2015/2016, descreveu-nos um pouco do que se tem vivido no País.


"Quando o "anúncio" do Covid-19 chegou a itália o ambiente ainda não era de alarme, aliás, penso que ninguém sabia o que estava para chegar.. 

Passado uns dias as televisões começaram a passar muita informação onde víamos uma parte do norte de Itália a ser " fechada ", a  Lombardia , mas o resto do País não ligava nenhum a estes "avisos".. As informações passavam, as pessoas continuavam a fazer a vida delas normal.. O Estado pedia às pessoas para ficarem em casa e elas saiam como se estivessem de férias e penso que essa atitude fez com que o vírus se espalhasse muito mais rápido por toda a Itália! 

 Os números de infectados começaram a evoluir loucamente e as mortes começaram a aparecer.. Aí sim , começámos a ver jogos a ser cancelados, medidas a serem tomadas mas a serem, ainda assim, ignoradas em muitas cidades de Itália..

Para terem uma noção da realidade em Itália, os hospitais não conseguem dar resposta a todos os doentes. Neste momento chegaram ao ponto de ter de escolher os doentes mais novos, para salvar, deixando falecer os com mais idade...

É triste mas é a realidade ...

Hoje em Itália vive-se do Medo de sair de casa| Do medo que este vírus que não se faz ver, entre pela nossa casa a dentro ou até mesmo que nos leve alguém mais querido...Não podem circular na rua sem autorização.. É mau demais ver-mos a nossa liberdade ser controlada.... Itália perdeu o controlo da situação porque as pessoas não respeitaram os pedidos do governo..."


E aos Portugueses? O que aconselhas?


"Com Portugal gostava de partilhar uma coisa, com vocês antes de terminar .. gostava de dizer que isto não acontece só aos outros como viram já chegou a Portugal .. 

Que a comida nos supermercados não vai acabar.. Porque temos pessoas diariamente nos supermercados a trabalhar, a arriscar a vida deles e a dos familiares por NÓS!

Neste momento difícil sejam mais humildes sejam mais civilizados.. Aprendam a amar mais o próximo e percebam uma coisa, hoje estamos cá mas amanhã podemos não estar. Somos todos iguais e é a nossa maneira de olhar para o mundo e para o próximo que nos define.. A ganância não leva ninguém a lado nenhum.. Não sejam ridículos e não pensem só em vocês, vivemos rodeados de milhares de pessoas, tenham noção das coisas por favor! 

 Quero pedir a todos os portugueses que sigam aquilo que  o governo diz para fazer.. Eles estão tão ou mais assustados que nós com tudo isto.. Neste momento não se trata de política mas sim de Salvar o nosso Povo.. 

Fiquem em casa protejam-se a vocês e aos outros.. 

Nunca esta frase fez tanto sentido como agora " UM POR TODOS E TODOS POR UM " Acreditem que desta vez ficar em casa faz a diferença ... Não abraçamos hoje para abraçar amanhã ainda mais forte! 

 Sigam as "ordens" que vos são dadas ..

                                                                                                          Rute Lavado


Raparigas da Bola

© 2016 Raparigas da Bola, Portugal

DESIGUALDADE DE GÉNERO NO DESPORTO É EXPOSTANuma semana marcada pelo Dia da Mulher e pelas maiores conquistas portuguesas de sempre no europeu de atletismo, as notícias que se seguiram a estes dias evidenciam a diferença de importância dada à mulher no desporto.

Em geral, é preciso uma mulher ganhar uma medalha para que ela tenha destaque e mesmo quando isso acontece, a visibilidade não é das maiores, como foi visto esta semana.

Ser uma mulher no desporto não é fácil. A falta de visibilidade, a falta de patrocínios e a falta de interesse geram um ciclo que torna complicada a formação de atletas mulheres de ponta.

O grupo Raparigas da Bola luta para quebrar este ciclo, dando voz e visibilidade a atletas femininas, de diferentes modalidades desportivas.

Percebendo-se que no Dia da Mulher há uma tendência para falar sobre mulheres, mas que logo no dia a seguir tudo volta à triste normalidade, o grupo resolveu intervir, usando os próprios jornais desportivos como ponto de partida.

A iniciativa intitulada #ElasTambémJogam, consistiu em transformar todas as notícias publicadas nestes jornais, no dia 9 de março, num gráfico dividido em duas cores: uma para os homens e outra para as mulheres.

Esses gráficos transformaram-se em verdadeiros jornais, mas sem nenhuma foto ou texto, só as cores que evidenciam a diferença de atenção dada às mulheres. Os jornais foram entregues a jornalistas, inluenciadores e atletas para que estes amplificassem o alcance desta ação, ainda no dia 09.

O desejo do grupo não é confrontar os jornais, pelo contrário, é fazer deste um momento de reflexão para que todos se possam unir e dar mais visibilidade às mulheres no desporto, já que elas acreditam que a partir daqui é possível começar a mudar este ciclo de desigualdade. «Mais visibilidade gera mais interesse do público, que desperta interesses de marcas, que gera investimentos e consequentemente volta a gerar visibilidade.» relata Marta Faria, fundadora do Raparigas da Bola.

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