Renato Veríssimo, S.C. Ferreirense


Que desafios e dificuldades poderão os clubes esperar com este novo desafio? 


Naturalmente que será sempre um enorme desafio em função da realidade distrital que já vivemos, apesar da qualidade e os investimentos serem maiores, há ainda uma enorme diferença entre estarmos numa divisão nacional ou numa distrital. Desde logo ao nível estrutural do próprio clube, e aí sim seria o grande desafio!!! Apetrechar os clubes das condições ideais para se fazerem representar como uma divisão nacional merece! Creio que outra das dificuldades será o investimento, a nível financeiro alguns clubes não estão preparados para este salto e, por isso, esse seria outro grande desafio. Munir os clubes dos instrumentos financeiros precisos para as equipas serem minimamente competitivas! 



Um patamar intermédio entre as competições distritais e a primeira divisão, poderá trazer mais competitividade e com isso criar clubes mais preparados para uma eventual subida ao principal escalão do futsal feminino nacional?


Sim sem dúvida! É necessário há muito tempo este patamar intermédio, onde as equipas, crónicas campeãs, teriam o espaço ideal para evoluir, crescer e sustentar um posição para poder ambicionar algo mais!!! Tudo isto será com o tempo, o necessário para crescer e criar as bases necessárias ao desenvolvimento das mulheres que ambicionam também outros patamares.



E olhando também para os Campeonatos Distritais que também serão afetados com esta medida, quais serão os prós e os contras da construção duma segunda divisão? 


Todas as decisões tem o reverso da medalha, mas penso que criando este escalão intermédio as equipas que disputarem o campeonato distrital terão a oportunidade de conquistar um titulo e poder dessa forma ambicionar com o nacional! A grande desvantagem, em Beja por exemplo, seria reduzido a 2 equipas, o que de certa forma poderia desmotivar a "destruirem" o campeonato. Neste ponto as Associações são o principal motor para que tudo funcione harmoniosamente entres as competições nacionais e distritais. Além disto tudo, a FPF tem que olhar e ver com olhos de ver que é necessário um input em todo o futsal com uma grande reformulação dos quadros competitivos.


                                                                                                           Renato Veríssimo 

© 2016 Raparigas da Bola, Portugal

DESIGUALDADE DE GÉNERO NO DESPORTO É EXPOSTANuma semana marcada pelo Dia da Mulher e pelas maiores conquistas portuguesas de sempre no europeu de atletismo, as notícias que se seguiram a estes dias evidenciam a diferença de importância dada à mulher no desporto.

Em geral, é preciso uma mulher ganhar uma medalha para que ela tenha destaque e mesmo quando isso acontece, a visibilidade não é das maiores, como foi visto esta semana.

Ser uma mulher no desporto não é fácil. A falta de visibilidade, a falta de patrocínios e a falta de interesse geram um ciclo que torna complicada a formação de atletas mulheres de ponta.

O grupo Raparigas da Bola luta para quebrar este ciclo, dando voz e visibilidade a atletas femininas, de diferentes modalidades desportivas.

Percebendo-se que no Dia da Mulher há uma tendência para falar sobre mulheres, mas que logo no dia a seguir tudo volta à triste normalidade, o grupo resolveu intervir, usando os próprios jornais desportivos como ponto de partida.

A iniciativa intitulada #ElasTambémJogam, consistiu em transformar todas as notícias publicadas nestes jornais, no dia 9 de março, num gráfico dividido em duas cores: uma para os homens e outra para as mulheres.

Esses gráficos transformaram-se em verdadeiros jornais, mas sem nenhuma foto ou texto, só as cores que evidenciam a diferença de atenção dada às mulheres. Os jornais foram entregues a jornalistas, inluenciadores e atletas para que estes amplificassem o alcance desta ação, ainda no dia 09.

O desejo do grupo não é confrontar os jornais, pelo contrário, é fazer deste um momento de reflexão para que todos se possam unir e dar mais visibilidade às mulheres no desporto, já que elas acreditam que a partir daqui é possível começar a mudar este ciclo de desigualdade. «Mais visibilidade gera mais interesse do público, que desperta interesses de marcas, que gera investimentos e consequentemente volta a gerar visibilidade.» relata Marta Faria, fundadora do Raparigas da Bola.

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