Renato Veríssimo, S.C. Ferreirense
Que desafios e dificuldades poderão os clubes esperar com este novo desafio?
Naturalmente que será sempre um enorme desafio em função da realidade distrital que já vivemos, apesar da qualidade e os investimentos serem maiores, há ainda uma enorme diferença entre estarmos numa divisão nacional ou numa distrital. Desde logo ao nível estrutural do próprio clube, e aí sim seria o grande desafio!!! Apetrechar os clubes das condições ideais para se fazerem representar como uma divisão nacional merece! Creio que outra das dificuldades será o investimento, a nível financeiro alguns clubes não estão preparados para este salto e, por isso, esse seria outro grande desafio. Munir os clubes dos instrumentos financeiros precisos para as equipas serem minimamente competitivas!
Um patamar intermédio entre as competições distritais e a primeira divisão, poderá trazer mais competitividade e com isso criar clubes mais preparados para uma eventual subida ao principal escalão do futsal feminino nacional?
Sim sem dúvida! É necessário há muito tempo este patamar intermédio, onde as equipas, crónicas campeãs, teriam o espaço ideal para evoluir, crescer e sustentar um posição para poder ambicionar algo mais!!! Tudo isto será com o tempo, o necessário para crescer e criar as bases necessárias ao desenvolvimento das mulheres que ambicionam também outros patamares.
E olhando também para os Campeonatos Distritais que também serão afetados com esta medida, quais serão os prós e os contras da construção duma segunda divisão?
Todas as decisões tem o reverso da medalha, mas penso que criando este escalão intermédio as equipas que disputarem o campeonato distrital terão a oportunidade de conquistar um titulo e poder dessa forma ambicionar com o nacional! A grande desvantagem, em Beja por exemplo, seria reduzido a 2 equipas, o que de certa forma poderia desmotivar a "destruirem" o campeonato. Neste ponto as Associações são o principal motor para que tudo funcione harmoniosamente entres as competições nacionais e distritais. Além disto tudo, a FPF tem que olhar e ver com olhos de ver que é necessário um input em todo o futsal com uma grande reformulação dos quadros competitivos.
Renato Veríssimo