Manuel Almeida, G. D. Gafanha



Que desafios e dificuldades poderão os clubes esperar com este novo desafio? Um patamar intermédio entre as competições distritais e a primeira divisão, poderá trazer mais competitividade e com isso criar clubes mais preparados para uma eventual subida ao principal escalão do futsal feminino nacional? 

Mais do que uma medida para cerca de 20 clubes / equipas, é uma ideia que visa enriquecer e fazer evoluir o futsal feminino no nosso país. Já demos passos muito importantes, isso é inegável, mas neste momento estagnamos, precisamos de olhar para os nossos quadros competitivos de outra maneira. A criação da 2 divisão nacional, deve ser uma consequência natural disso, maior grau de dificuldade, competitividade, outro tipo de exigências, vai deixar todos mais bem preparados, para a nossa realidade e posteriormente para conseguir competir numa 1 Divisão Nacional. Somos a única modalidade de pavilhão no feminino que tem um quadro competitivo desajustado e curiosamente aquela que mais projecção têm. 



E olhando também para os Campeonatos Distritais que também serão afectados com esta medida, quais serão os prós e os contras da construção duma segunda divisão? 

As competições distritais, acredito, acabam em grande parte por ficar mais homogéneas, em grande parte dos distritos os campeões já são crónicos e são conhecidos em Agosto antes de começar as competições. É uma janela de oportunidade para mais equipas conseguirem atingir títulos, maior visibilidade e acima de tudo maior motivação, para aparecerem novos clubes, mais atletas interessadas em jogar, competir. É tudo uma consequência que vai permitir a todos, competir e evoluir de forma mais equilibrada, ajustada a cada realidade, e assim um crescimento mais eficaz. 



                                                                                                           Manuel Almeida

© 2016 Raparigas da Bola, Portugal

DESIGUALDADE DE GÉNERO NO DESPORTO É EXPOSTANuma semana marcada pelo Dia da Mulher e pelas maiores conquistas portuguesas de sempre no europeu de atletismo, as notícias que se seguiram a estes dias evidenciam a diferença de importância dada à mulher no desporto.

Em geral, é preciso uma mulher ganhar uma medalha para que ela tenha destaque e mesmo quando isso acontece, a visibilidade não é das maiores, como foi visto esta semana.

Ser uma mulher no desporto não é fácil. A falta de visibilidade, a falta de patrocínios e a falta de interesse geram um ciclo que torna complicada a formação de atletas mulheres de ponta.

O grupo Raparigas da Bola luta para quebrar este ciclo, dando voz e visibilidade a atletas femininas, de diferentes modalidades desportivas.

Percebendo-se que no Dia da Mulher há uma tendência para falar sobre mulheres, mas que logo no dia a seguir tudo volta à triste normalidade, o grupo resolveu intervir, usando os próprios jornais desportivos como ponto de partida.

A iniciativa intitulada #ElasTambémJogam, consistiu em transformar todas as notícias publicadas nestes jornais, no dia 9 de março, num gráfico dividido em duas cores: uma para os homens e outra para as mulheres.

Esses gráficos transformaram-se em verdadeiros jornais, mas sem nenhuma foto ou texto, só as cores que evidenciam a diferença de atenção dada às mulheres. Os jornais foram entregues a jornalistas, inluenciadores e atletas para que estes amplificassem o alcance desta ação, ainda no dia 09.

O desejo do grupo não é confrontar os jornais, pelo contrário, é fazer deste um momento de reflexão para que todos se possam unir e dar mais visibilidade às mulheres no desporto, já que elas acreditam que a partir daqui é possível começar a mudar este ciclo de desigualdade. «Mais visibilidade gera mais interesse do público, que desperta interesses de marcas, que gera investimentos e consequentemente volta a gerar visibilidade.» relata Marta Faria, fundadora do Raparigas da Bola.

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