Nádia Polido, 18 anos, Futsal Feijó



Quem é a Nádia?

Sou um pouco suspeita para falar de mim própria, no entanto considero-me uma pessoa trabalhadora e persistente. Dedico-me a tudo o que faço e como todos os jovens gosto de aproveitar a vida.


Começaste bastante cedo no Futsal. Como foi? 

Eu comecei a jogar futebol com rapazes quando tinha 4 anos, só depois por volta dos 10 anos é que comecei a jogar futsal, também com rapazes. Só entrei no futsal feminino com 12 anos.  


Onde começaste e quem te levou ao primeiro treino? 

Comecei a jogar futebol no Grupo Desportivo de Alfarim e mais tarde futsal na Casa do Benfica de Sesimbra. Como sempre a minha mãe.  


Conciliar os estudos com os treinos no Futsal Feijó não deve ser fácil. Como geres isto tudo? 

Não é nada fácil, porque para além de estudante/atleta, já trabalho também. É apenas uma questão de organização, se for tudo programado em condições há tempo para tudo.  


A família sempre apoiou, ou no início estavam reticentes? 

A minha família sempre me apoio e confesso que desde o inicio que achavam imensa piada por ser a única rapariga a jogar no clube.  


Para ti, o que é o Futsal? 

Para além de ser o desporto que mais amo, o futsal é muitas vezes o meu escape para tudo o que me rodeia. Quando estou a treinar/jogar sou apenas eu e a bola, nada mais importa.  


Para alguém tão jovem, já passaste por vários clubes. Fala-nos deste percurso. 

Comecei a praticar futsal a sério no Núcleo Sportinguista de Sesimbra, depois estive 3 épocas no Sporting, 2 no Belenenses e já vou para a segunda no Futsal Feijó. Como quase todos os jogadores gosto de estar estável num clube, no entanto quando já não me sinto bem acho que devo mudar, independentemente do emblema que carregue ao peito e foi o que aconteceu.


Foste estreia na última convocatória das Sub-19. Era algo que ambicionavas? Como correu? Como te receberam? 

Claro que sim, acho que todas as jogadoras ambicionam chegar à Selecção Nacional. Apesar de não estar habituada a tanto ritmo e não estar por dentro da forma de jogo delas, acho que correu bem. Fui super bem recebida por todos, é um grupo de trabalho fantástico.  


Até onde pode chegar a Nádia no Futsal? Quais os teus objetivos dentro da modalidade? 

Como qualquer jogadora ambiciona, quero representar Portugal, mas para já quero ser presença mais assídua na selecção sub-19. Quero ainda terminar o campeonato de juniores com uma boa qualificação.


O mote está lançado para o Europeu Sénior que está a chegar. O que achas que a nossa Selecção pode conseguir neste Europeu? 

Acho que sim, na minha opinião temos uma das melhores Selecções e temos igualmente jogadoras brilhantes.  


O teu conselho para quem se está a iniciar na modalidade... 

Que trabalhe muito, mas que acima de tudo se divirta a praticar a modalidade. Porque praticar Futsal sem gosto, não é praticar. 



Marta Faria, Raparigas da Bola








© 2016 Raparigas da Bola, Portugal

DESIGUALDADE DE GÉNERO NO DESPORTO É EXPOSTANuma semana marcada pelo Dia da Mulher e pelas maiores conquistas portuguesas de sempre no europeu de atletismo, as notícias que se seguiram a estes dias evidenciam a diferença de importância dada à mulher no desporto.

Em geral, é preciso uma mulher ganhar uma medalha para que ela tenha destaque e mesmo quando isso acontece, a visibilidade não é das maiores, como foi visto esta semana.

Ser uma mulher no desporto não é fácil. A falta de visibilidade, a falta de patrocínios e a falta de interesse geram um ciclo que torna complicada a formação de atletas mulheres de ponta.

O grupo Raparigas da Bola luta para quebrar este ciclo, dando voz e visibilidade a atletas femininas, de diferentes modalidades desportivas.

Percebendo-se que no Dia da Mulher há uma tendência para falar sobre mulheres, mas que logo no dia a seguir tudo volta à triste normalidade, o grupo resolveu intervir, usando os próprios jornais desportivos como ponto de partida.

A iniciativa intitulada #ElasTambémJogam, consistiu em transformar todas as notícias publicadas nestes jornais, no dia 9 de março, num gráfico dividido em duas cores: uma para os homens e outra para as mulheres.

Esses gráficos transformaram-se em verdadeiros jornais, mas sem nenhuma foto ou texto, só as cores que evidenciam a diferença de atenção dada às mulheres. Os jornais foram entregues a jornalistas, inluenciadores e atletas para que estes amplificassem o alcance desta ação, ainda no dia 09.

O desejo do grupo não é confrontar os jornais, pelo contrário, é fazer deste um momento de reflexão para que todos se possam unir e dar mais visibilidade às mulheres no desporto, já que elas acreditam que a partir daqui é possível começar a mudar este ciclo de desigualdade. «Mais visibilidade gera mais interesse do público, que desperta interesses de marcas, que gera investimentos e consequentemente volta a gerar visibilidade.» relata Marta Faria, fundadora do Raparigas da Bola.

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