Andreia Norton, 22 anos, SC Sand - Alemanha




Será quase impossível, mas para quem não te conhece, quem é a Andreia Norton ?

A Andreia Norton  é uma simples jovem. Humilde, alegre e simpática. Nascida e crescida em Ovar, sempre teve o sonho de jogar futebol e aos 6/7 anos de idade foi quando a "aventura" teve início.


Em que altura da tua vida existe o primeiro contacto com o futebol?

O primeiro contacto com o futebol vem desde pequena! Antes mesmo de integrar uma equipa de futebol, já jogava na rua com os meus primos e amigos! Só depois mais tarde, como já referi, entrei para o Clube Desportivo do Furadouro onde jogava só com rapazes.


O Futebol foi sempre a primeira opção, ou praticaste outros desportos?

O Futebol foi sempre primeira opção! Corria na escola os "corta-matos" e os "mega-Sprint" e havia até quem dissesse para eu entrar para o atletismo mas a prioridade foi sempre o futebol.


Como te caracterizas como jogadora?

Acho que sou uma jogadora rápida e explosiva com a bola, tenho um bom controlo de bola e acho que sou uma jogadora algo tecnicista. Consigo proteger bem a bola e de costas para a baliza rodar com facilidade. Também tenho um remate fácil e forte.


Que jogadora ou jogador tens como referência no Futebol?

Admiro bastantes jogadores e jogadores mas o Cristiano Ronaldo é um exemplo para mim, a minha referência no feminino é a Germanica Marozsán.


Passaste por diversos clubes em Portugal, deste o salto para Espanha, F.C.Barcelona, fizeste parte do arranque do projeto feminino do S. C. Braga e agora, novamente fora, desta vez na Alemanha. Como avalias o teu percurso?

Um percurso muito positivo! Foi algo que conquistei. Esse "salto" para Espanha foi um ponto alto na minha carreira! Foi aí que me tornei profissional de futebol. Também por ser um dos maiores clubes do Mundo e mesmo não imaginando ter conquistado tudo isso! O mesmo em Portugal no SC Braga. Em todos esses clubes tive oportunidade de crescer como jogadora e como pessoa! Vivenciar o que nunca tinha vivenciado antes no futebol. Aprender e treinar com as melhores do país.


Qual o teu objetivo para esta época?

Visto que a época já vai a meio, nesta 2ª metade pretendo continuar a trabalhar bem, jogar, e assim dar seguimento as chamadas a Selecção!


Voltar a Portugal está nos planos de um futuro próximo?

Voltar a Portugal não está nos meus pensamentos de momento pois preciso crescer e desenvolver o meu futebol em campeonatos que neste momento são mais competitivos que a Liga Portuguesa.


Regularmente chamada à nossa Selecção, como tens visto este crescimento?

Sempre tive como objectivo poder representar a Selecção Nacional! Após as sub-19 o sonho passava por representar o nosso país através da Selecção AA. Estou sem dúvida muito feliz e grata por todas as chamadas, mas quero mais e para isso tenho que continuar a trabalhar forte no clube para dar continuidade a essa confiança depositada em mim.


Como vês o futuro do Futebol Feminino em Portugal?

Vejo um futuro promissor! Acredito que Portugal vai ter um campeonato cada vez mais competitivo.


Qual o conselho que darias às jovens jogadoras que estão a iniciar-se no Futebol?

Se realmente o futebol as faz feliz, continuem  a acreditar nos seus sonhos e não deixem de lutar por isso! Para as mais novas, que sempre continuem os estudos porque também é muito importante para a "vida" após o futebol.


Marta Faria, Raparigas da Bola

© 2016 Raparigas da Bola, Portugal

DESIGUALDADE DE GÉNERO NO DESPORTO É EXPOSTANuma semana marcada pelo Dia da Mulher e pelas maiores conquistas portuguesas de sempre no europeu de atletismo, as notícias que se seguiram a estes dias evidenciam a diferença de importância dada à mulher no desporto.

Em geral, é preciso uma mulher ganhar uma medalha para que ela tenha destaque e mesmo quando isso acontece, a visibilidade não é das maiores, como foi visto esta semana.

Ser uma mulher no desporto não é fácil. A falta de visibilidade, a falta de patrocínios e a falta de interesse geram um ciclo que torna complicada a formação de atletas mulheres de ponta.

O grupo Raparigas da Bola luta para quebrar este ciclo, dando voz e visibilidade a atletas femininas, de diferentes modalidades desportivas.

Percebendo-se que no Dia da Mulher há uma tendência para falar sobre mulheres, mas que logo no dia a seguir tudo volta à triste normalidade, o grupo resolveu intervir, usando os próprios jornais desportivos como ponto de partida.

A iniciativa intitulada #ElasTambémJogam, consistiu em transformar todas as notícias publicadas nestes jornais, no dia 9 de março, num gráfico dividido em duas cores: uma para os homens e outra para as mulheres.

Esses gráficos transformaram-se em verdadeiros jornais, mas sem nenhuma foto ou texto, só as cores que evidenciam a diferença de atenção dada às mulheres. Os jornais foram entregues a jornalistas, inluenciadores e atletas para que estes amplificassem o alcance desta ação, ainda no dia 09.

O desejo do grupo não é confrontar os jornais, pelo contrário, é fazer deste um momento de reflexão para que todos se possam unir e dar mais visibilidade às mulheres no desporto, já que elas acreditam que a partir daqui é possível começar a mudar este ciclo de desigualdade. «Mais visibilidade gera mais interesse do público, que desperta interesses de marcas, que gera investimentos e consequentemente volta a gerar visibilidade.» relata Marta Faria, fundadora do Raparigas da Bola.

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