Luís Leal, CCD Ordem
Numa altura em que os campeonatos distritais foram dados como terminados pela FPF, publicamos a entrevista ao Mister Luís Leal, realizada antes da decisão da Federação.
Toda esta crise epidémica surgiu quando se começavam a preparar para a 2ª fase da temporada. Como foi lidar com a notícia de que iriam ter de parar sem data para voltar?
Estávamos a preparar a 2ª fase com tranquilidade, até que fomos informados da impossibilidade de treinar no nosso concelho, logo depois seguiu-se a suspensão das provas pela AF Porto.
Nos primeiros momentos seguimos as indicações com a convicção que iríamos voltar, mas com o decorrer dos dias fomos percebendo que nesta temporada não voltaremos a competir. É uma situação nova para todos, a qual temos de nos consciencializar que esta época terminou.
A que nível pode esta paragem afetar a equipa e o clube? É toda a preparação da época que está em risco?
Esta paragem a nível da equipa afeta profundamente, principalmente na performance das atletas, assim como no processo evolutivo. A nível do clube as consequências poderão ser mais prejudiciais, mas, certamente, ainda é precoce avaliar todas os efeitos que trará, só o futuro dirá.
Preparamos a época para um macrociclo de 10 meses, na qual ainda só 7 meses estavam cumpridos, tínhamos objetivos ainda para cumprir e esta paragem deita por terra um trabalho gradual de crescimento de uma equipa iniciada esta temporada. A maior consequência poderá ser o retrocesso de todo um caminho feito até aqui com numa paragem tão longa.
Como se mantém a equipa, as jogadoras motivadas, para algo tão incerto?
A maior motivação e preocupação neste momento é o bem-estar comum. Nunca alimentamos o regresso como algo concreto, sendo que a possibilidade de retorno mesmo que remota deverá ser algo sempre motivador para quem gosta da prática do futsal.
Procuramos dar alguns exercícios para as atletas manterem o mínimo de condição física (algo impossível). Considero, porém, que deveremos estar todos cientes que a época terminou.
Luís Leal