Rita Batista, CH dos Carvalhos
"Ora bem, nem sei por onde começar para descrever esta quarentena, mas talvez deva começar com um FIQUEM EM CASA!
Entrar nesta nova realidade que vivemos não foi fácil porque inicialmente não temos noção daquilo que vamos passar e demoramos um pouco a entender como as coisas vão ser daqui para a frente. Da minha parte não tenho feito uma quarentena a 100% porque trabalho num supermercado e então estou todos os dias sujeita a um contágio e acaba por se tornar uma situação de grande ansiedade e um pouco de pânico no momento que volto a casa a pensar que poderei contagiar os meus pais. Contudo, nas minhas folgas, pretendo sempre ficar fechada em casa ao máximo como uma forma de tentar compensar a exposição que já tive e não arriscar de mais forma nenhuma. Lidar com a realidade do contágio a qualquer momento não é fácil, mas compensa quando há clientes que nos agradecem por estarmos lá. De resto é tentar evitar ao máximo o contacto direto com as pessoas e gastar mais desinfetante do que achava possível existir no mundo. Em termos da ausência do desporto, não tem sido fácil, mas tento compensar isso ao fazer exercício todos os dias para ao mesmo tempo ocupar tempo e manter uma certa sanidade. No meio de tudo isto resta manter uma mente positiva e uma esperança enorme que isto acabe o mais rápido possível para podermos voltar a ter uma vida normal, aproveitar o tempo em família, que talvez não dávamos o valor devido antes, e lutar sempre até que o jogo acabe e a vitória seja nossa.
E termino este texto da forma como o comecei, acrescentando, por ti, por nós, por todos, FIQUEM EM CASA!"
Rita Batista
Raparigas da Bola