Naty, 31 anos, Quinta dos Lombos
Como é que surgiu na tua vida o Futsal?
Surgiu na rua. O meu irmão jogava com os amigos e eu era a típica maria rapaz no meio deles.
O Futsal foi sempre a
primeira opção?
Sim. Na rua era jogado o tradicional futebol e depois decidi experimentar futsal numa equipa feminina no Pinhal do Vidal, em Vale de Milhaços.
Do que é que já abdicaste pelo Futsal e o que é que o Futsal já te deu?
Uiii...tanta mas tanta coisa...nem vale a pena enumerar. O Futsal já me deu alguns títulos. Primeira Taça Nacional disputada, Taça de Portugal,alguns títulos distritais, 1 Torneio pela Selecção na Rússia. Títulos marcantes acima de tudo rodeados de pessoas que levo para a vida.
Como é a Naty fora da quadra ?
Sou uma pessoa calma, amiga do seu amigo, sempre disposta a ajudar e um bocadinho reservada.
Como te caracterizas como jogadora?
Tranquila, responsável e um
pouco irreverente.
O que significa para ti ser guarda redes?
Significa não falhar. Significa uma extrema responsabilidade em estar sempre focada pois qualquer erro pode ser fundamental para o jogo/resultado.
Fala -nos um pouco do teu percurso no Futsal?
Comecei a jogar no Pinhal do Vidal , onde após um ano fui convidada para PCR(Portugal Cultura e Recreio) onde permaneci 10 anos. Sendo convidada para jogar no CRC Quinta dos Lombos não pude evitar, pois era o que me faltava...competitividade e exigência num campeonato mais abrangente e com outro nível de responsabilidade. Tinha de evoluir. Representei 3 anos o Sporting Clube de Portugal e este ano regressei a uma casa que bem conheço, o CRC Quinta dos Lombos.
Até onde pode chegar a Quinta do Lombos esta época?
Somos um plantel bastante jovem (tirando eu :) ) e com jogadoras que estão juntas pela primeira vez pois o objectivo, de todo, passa por ser Campeão Nacional. Passar a primeira fase e depois jogo a jogo conseguir o melhor que a época anterior, quem sabe estragando algumas contas.
E o Europeu? Quais as tuas expectativas e onde até onde achas que podemos chegar na competição.
Penso que as expectativas são altíssimas. Altíssimas porque trabalhamos para isto há anos. Temos um grupo forte e que está habituado a este tipo de competições, não oficiais, mas jogando contra as melhores selecções. Temos de pensar no primeiro objectivo e ter os pés bem assentes na terra. Exigência, humildade e muita responsabilidade para o primeiro jogo. Primeiro pensamento é na Ucrânia, depois o resto logo se vê.
Acreditas que o Futsal Feminino tem bases para chegar longe?
Com o passar dos anos cada vez mais mas precisamos de gente mais competente nas equipas e jogadoras capazes de trabalhar mais e melhor com intuito de evoluir.
Que conselho dás a quem se está a iniciar na modalidade?
Acima de tudo que se divirta e que esteja disposta a ouvir e aprender.
Marta Faria, Raparigas da Bola