Naiara Gonçalves, 13 anos, Escola Desportiva de Viana
"A Naiara é especial. Educada, humilde, sincera, responsável e feliz. O que a caracteriza é o sorriso. Defeitos? A teimosia... só me ouve á terceira! Como jogadora é lutadora,não põe as coisas fáceis ao adversário. Sem medo. Humilde, por vezes demais. Jogadora inteligente."
Susana Rocha, mãe
Quem é a Naiara?
Tenho 13 anos e sou mais conhecida por "Nai". Sou divertida, simpática, sincera e teimosa.
Como surgiu a paixão pelo Hóquei?
A paixão pelo hóquei começou em tão de brincadeira quando ia para a patinagem artística e ficava para os treinos de hóquei em patins no clube vila praia, com o tempo senti que era o hóquei que eu queria.
A tua família sempre te apoiou nesta escolha?
Sempre tive o apoio da minha família.
Jogas numa equipa, onde és a única rapariga. Quais os aspectos positivos e os negativos?
Jogo numa equipa mista e por vezes não é fácil, os aspectos negativos estar sozinha no balneário e por vezes festejar sozinha, em certas alturas ser desvalorizada por ser rapariga. Quanto aos aspectos positivos, sou acarinhada por alguns colegas com quem posso desabafar nos maus e bons momentos, sinto-me protegida e tenho o balneário só para mim hahahah...
Como te defines enquanto jogadora?
Considero-me uma jogadora forte, ambiciosa, humilde, focada e trabalhadora para concretizar todos os meus objectivos.
Quem admiras no Hóquei? Quem é a tua maior referência?
No hóquei admiro o Gonçalo Suissas, Hélder Nunes e Gonçalo Alves. A minha maior referência enquanto treinador é o Ricardo Passos Lomba e o Rui Neto.
Sonhos e objectivos. Quais os teus para um futuro próximo?
O meu sonho é jogar num clube grande como Benfica e um dos meu objectivos é representar Selecção Nacional.
Marta Faria, Raparigas da Bola
"A "Nai" é para mim uma menina especial. Uma menina que com um sorriso vergou a minha forma de estar no treino e por vezes na vida... É um ser humano extraordinário... onde as vivências do seu dia-a-dia a obrigaram a crescer um pouco mais rápido que as meninas e meninos da sua idade. É um porto seguro, uma pessoa em quem podemos confiar pois os seus valores são enormes. Existem muito pouco adultos com valores tão vincados como os dela.
A "Nai" jogadora não se separa dos valores que referi acima. É trabalhadora, é respeitadora e sincera. Uma esforçada lutadora e só assim num mundo de "homens meninos" se conseguiu impor. Quando chegou à minha equipa na altura, tudo o que acima referi conquistou-me, pois um treinador não deve olhar apenas para o jogador enquanto peça do nosso xadrez. Com as suas capacidades técnicas e tácticas e ela vinha limitada nesse aspecto... Com um conceito de jogo completamente diferente do que eu implementava, ela lutou, cresceu, adaptou-se e foi assimilando e mecanizando tudo. Evoluiu imenso, consegui com ela a junção da pessoa e da atleta. A luta resultou no total reconhecimento da minha parte e a consequente conquista de um lugar nas equipa inicial, passando a ser preponderante na forma como eu pensava e abordava os jogos."
Passos Lomba, Treinador