Luana Marques, 16 anos 

                                                          União Recreativa de Cadima

Luana Filipa Campos Marques, 16 anos , avançada. Atualmente ao serviço do União Recreativa de Cadima, onde para além de ser presença constante no plantel sénior, joga também pelas sub15 e sub19.


Fala-nos um pouco de ti.A Luana do futebol começou onde?

Comecei a jogar mais ou menos aos 5 anos no pedrulhense que é o clube onde vivo, mas deixei pouco tempo depois de entrar porque também andava na natação, onde estive até aos 15 anos. Houve um tempo em que conciliei a natação com o futebol e os estudos, mas como ocupava demasiado tempo e por ser muito cansativo optei por apenas jogar futebol, quando me convidaram para o FC Lordemão onde estive quase 2 épocas.  

Como surgiu a oportunidade de ires para o Cadima?

Como queria evoluir ainda mais no futebol decidi aceitar a proposta para jogar na primeira divisão com o Cadima.

Qual a maior diferença entre o clube onde estavas e agora o Cadima?

Há muitas diferenças, começando com a exigência dos treinos, tive de trabalhar e de me concentrar mais porque a intensidade dos jogos e dos treinos era muito superior, o que me ajudou a crescer muito como jogadora mas também como pessoa.

16 anos apenas e quem está habituado a ver te jogar, diz que tens um grande futuro pela frente. Atualmente jogas pelos 3 escalões no Cadima. A teu ver como é que isso influencia o teu crescimento?

Por jogar nos três escalões tenho mais responsabilidade, visto que, também pretendo transmitir o que aprendo com as seniores para ajudar as minhas colegas dos outros escalões. Por jogar nos 3 escalões ganho ritmo e visão de jogo o que me faz crescer ainda mais.

Em que escalão preferes jogar? Porquê?

Gosto muito de jogar nos 3, mas prefiro as séniores. Por um lado, como são pessoas que já jogam futebol há mais tempo e por serem mais velhas me ajudam a crescer e a ser ainda mais competente, por outro lado, porque como é futebol de 11 tenho mais espaço para jogar. Foi um privilégio jogar na primeira divisão com as séniores contra as grandes equipas.

Começas a ser presença assídua nas convocatórias da Seleção Sub 17. Como foi a adaptação a uma realidade completamente diferente?

Para mim foi um grande orgulho ser convocada para as sub17, porque reconheceram todo o meu esforço e dedicação. Não foi muito fácil adaptar-me porque como sou uma pessoa inicialmente tímida, conviver com pessoas novas foi uma novidade para mim mas por querer o melhor para a seleção tive que me dar a conhecer, o que fez com que conseguisse mostrar aquilo que valho dentro das quatro linhas com a ajuda dos meus professores e equipa.

O futebol é só um jogo, ou significa mais na tua vida?

Para mim o futebol não é apenas um simples jogo. É muito mais para além disso. É o único sítio onde me consigo abstrair de tudo o que me rodeia, e consigo ser realmente feliz.

Como concilias os estudos com os treinos?

Não é muito fácil quando começa a época dos testes pois os treinos ocupam-me grande parte da  semana, mas arranjo tempo para meter a matéria em dia.

Onde te imaginas daqui a 5 anos?

Se continuar a trabalhar e esforçar-me, espero estar numa das grandes equipas.


Marta Faria/AV

Raparigas da Bola


© 2016 Raparigas da Bola, Portugal

DESIGUALDADE DE GÉNERO NO DESPORTO É EXPOSTANuma semana marcada pelo Dia da Mulher e pelas maiores conquistas portuguesas de sempre no europeu de atletismo, as notícias que se seguiram a estes dias evidenciam a diferença de importância dada à mulher no desporto.

Em geral, é preciso uma mulher ganhar uma medalha para que ela tenha destaque e mesmo quando isso acontece, a visibilidade não é das maiores, como foi visto esta semana.

Ser uma mulher no desporto não é fácil. A falta de visibilidade, a falta de patrocínios e a falta de interesse geram um ciclo que torna complicada a formação de atletas mulheres de ponta.

O grupo Raparigas da Bola luta para quebrar este ciclo, dando voz e visibilidade a atletas femininas, de diferentes modalidades desportivas.

Percebendo-se que no Dia da Mulher há uma tendência para falar sobre mulheres, mas que logo no dia a seguir tudo volta à triste normalidade, o grupo resolveu intervir, usando os próprios jornais desportivos como ponto de partida.

A iniciativa intitulada #ElasTambémJogam, consistiu em transformar todas as notícias publicadas nestes jornais, no dia 9 de março, num gráfico dividido em duas cores: uma para os homens e outra para as mulheres.

Esses gráficos transformaram-se em verdadeiros jornais, mas sem nenhuma foto ou texto, só as cores que evidenciam a diferença de atenção dada às mulheres. Os jornais foram entregues a jornalistas, inluenciadores e atletas para que estes amplificassem o alcance desta ação, ainda no dia 09.

O desejo do grupo não é confrontar os jornais, pelo contrário, é fazer deste um momento de reflexão para que todos se possam unir e dar mais visibilidade às mulheres no desporto, já que elas acreditam que a partir daqui é possível começar a mudar este ciclo de desigualdade. «Mais visibilidade gera mais interesse do público, que desperta interesses de marcas, que gera investimentos e consequentemente volta a gerar visibilidade.» relata Marta Faria, fundadora do Raparigas da Bola.

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