Carolina Mendes


Carolina Mendes

Grindavik F. C. 

Como surgiu esta paixão pelo futebol?

A paixão pelo futebol já vem desde pequena, eu andava sempre com a bola debaixo do braço a jogar com os rapazes e sempre que tinha um tempo livre quer na Escola ou mesmo durante o fim de semana era passado a jogar futebol.

Praticaste mais algum desporto para além do futebol?

Sim, Felizmente tive uma infância "recheada" de desporto, fui federada e campeã de Judo, estive desde muito nova ligada ao Hoquei em Patins, aliás foi sempre o desporto que pratiquei desde pequena (5 anos), o futebol apesar de ser a minha paixão só bastante mais tarde entrei em competição (com 16 anos).

Do que é que já abdicaste pelo Futebol e o que é que o Futebol já te deu?

O futebol já me deu muito, abriu me portas para outros Países, oportunidades de poder mostrar o meu valor lá fora, mas a verdade é que para se atingir um certo nível na modalidade também temos de abdicar de algumas coisas que para mim são extremamente importantes, entre as quais a Familia, amigos, abdicamos de um certo modo de uma vida normal em prol da Nossa Paixão pelo futebol. O melhor que o Futebol me deu foram as amizades.

Como é a Carolina quando entra em campo?

A Carolina é igual, com ambição, com muita vontade de vencer, sempre a querer fazer mais e melhor, mas acho que é isso que me define, sou assim no meu dia a dia.

Depois de diversos clubes em Portugal, entre eles a mítica equipa do 1 de Dezembro, estás à alguns anos fora do País. O que te levou a sair na altura?

Na altura estava a terminar o curso de Fisioterapia em Lisboa, inscrevi-me no programa de Erasmus em Barcelona que eram 6 meses, foi a partir daí, no final surgiu a oportunidade de ficar em Espanha a jogar futebol e decidi aceitar esse desafio, coloquei os estudos em 2º plano e dediquei-me exclusivamente ao futebol que era a minha paixão.

Qual o segredo para te adaptares a países tão diferentes como a Rússia e agora a Islândia?

Penso que não há Segredo, sou uma pessoa que se adapta facilmente às diversas situações, gosto do incerto e do desconhecido de conhecer novos sitios, novas pessoas e aceitar novos desafios, culturas diferentes, futebol diferente, como falei à pouco é isto que me define. Gosto de ser posta à prova.

Esta época que decorre foi criada a "Liga Allianz", a chamada liga de elite. Não foste "aliciada" para voltar?

Não há nada como fazermos o que mais gostamos no nosso País e ser reconhecido por isso. Para já não está nos planos, talvez num futuro próximo, esta época até Outubro é na Islândia, depois se reunirem as condições para tal será aliciante para mim e é mais um desafio.

Euro 2017 está quase aí, mas antes ainda há tempo para a Algarve Cup. Como está a moral da Seleção depois deste apuramento e o que achas que pode acontecer no Grupo que calhou no sorteio?

Obviamente que quando se ganha e quando se faz o que nós fizemos a moral tem de estar alta, mas temos os pés bem acentes na Terra, estes jogos e sobretudo o Algarvecup vai servir de preparação para o Euro, sabemos as dificuldades que vamos encontrar portanto temos de nos prepar bem até lá. Estamos a falar das melhores da Europa, qualquer seleção tem muito potencial e todos os jogos do grupo vão ter um grau máximo de exigência, resto nos trabalhar para encortarmos essa distância e deixar a nossa palavra no Euro.

Para além do futebol, sabemos que uma das tuas paixões é viajar. Criaste um blog sobre isso mesmo. Qual será o próximo destino que nos vais dar a conhecer?

Sim é outra grande paixão e sempre que posso faço questão de viajar, claro que a Islândia é certo que vai sair, mas até lá vou tentar ainda escrever sobre outro destino.

Como encaras este novo desafio na Islândia?

Encaro como todos os outros, uma equipa nova, novos objetivos, um futebol diferente, País novo... Em primeiro lugar é adaptar me rapidamente, ganhar o meu espaço na equipa e contribuir para o successo e os objetivos da equipa.

Para terminar, pedia que deixasses uma palavra para todas as meninas que começam hoje a dar os primeiros passos no mundo do Futebol.
A todas as meninas que estão a começar a jogar futebol que nunca deixem de sonhar e que lutem sempre pelos os seus objetivos.

© 2016 Raparigas da Bola, Portugal

DESIGUALDADE DE GÉNERO NO DESPORTO É EXPOSTANuma semana marcada pelo Dia da Mulher e pelas maiores conquistas portuguesas de sempre no europeu de atletismo, as notícias que se seguiram a estes dias evidenciam a diferença de importância dada à mulher no desporto.

Em geral, é preciso uma mulher ganhar uma medalha para que ela tenha destaque e mesmo quando isso acontece, a visibilidade não é das maiores, como foi visto esta semana.

Ser uma mulher no desporto não é fácil. A falta de visibilidade, a falta de patrocínios e a falta de interesse geram um ciclo que torna complicada a formação de atletas mulheres de ponta.

O grupo Raparigas da Bola luta para quebrar este ciclo, dando voz e visibilidade a atletas femininas, de diferentes modalidades desportivas.

Percebendo-se que no Dia da Mulher há uma tendência para falar sobre mulheres, mas que logo no dia a seguir tudo volta à triste normalidade, o grupo resolveu intervir, usando os próprios jornais desportivos como ponto de partida.

A iniciativa intitulada #ElasTambémJogam, consistiu em transformar todas as notícias publicadas nestes jornais, no dia 9 de março, num gráfico dividido em duas cores: uma para os homens e outra para as mulheres.

Esses gráficos transformaram-se em verdadeiros jornais, mas sem nenhuma foto ou texto, só as cores que evidenciam a diferença de atenção dada às mulheres. Os jornais foram entregues a jornalistas, inluenciadores e atletas para que estes amplificassem o alcance desta ação, ainda no dia 09.

O desejo do grupo não é confrontar os jornais, pelo contrário, é fazer deste um momento de reflexão para que todos se possam unir e dar mais visibilidade às mulheres no desporto, já que elas acreditam que a partir daqui é possível começar a mudar este ciclo de desigualdade. «Mais visibilidade gera mais interesse do público, que desperta interesses de marcas, que gera investimentos e consequentemente volta a gerar visibilidade.» relata Marta Faria, fundadora do Raparigas da Bola.

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