Beatriz Rodrigues
No volei desde que se entende como "gente"...
"O volei está na minha vida indiretamente desde que nasci. No entanto só comecei a perceber que voleibol era algo que queria mesmo fazer aos 7 anos quando comecei a jogar. A minha mãe jogava volei e na altura eu queria jogar futebol mas como aos 12 anos tinha que deixar de jogar porque não havia equipas femininas, os meus pais não me deixaram ir para o futebol e por isso escolhi o voleibol.
Hoje em dia o volei é das coisas mais importantes para mim e quero fazer dele o meu trabalho porque fazer algo que gosto e receber por isso é um trabalho de sonho."
"Discurso não é percurso!"
"O meu percurso começou aos 7 anos no CF "Os Belenenses" onde fiquei até aos 17 anos. Depois tive um convite para ir para o Sporting onde tive 3 anos e agora estou nos Estados Unidos a jogar pelo Utah State University. Ao longo dos anos fui participando na seleção nacional de indoor e participei também em algumas competições internacionais em voleibol de praia (europeus, CPLP, etc)".
Daniela Loureiro é a fonte de inspiração!
"Sem dúvida que há uma pessoa que vou destacar sempre como inspiração, a Daniela Loureiro. Será sempre alguém especial na minha vida não só pela treinadora que foi, pela jogadora que é e pela pessoa que sempre foi e será. A outra pessoa é difícil de escolher porque há tantas jogadoras que me inspiram que seria injusto escolher só uma."
E agora os Estados Unidos...
"Eu vim para os Estados Unidos com o intuito de melhorar e ganhar tempo de jogo. Quero poder voltar ao meu país ou à Europa e poder liderar uma equipa com a passadora principal."
Quando lhe perguntamos como tem sido a adaptação...
"Até agora tem sido tudo muito interessante, elas têm sido impecáveis, sempre que preciso de algo elas estão sempre prontas para ajudar, estão sempre a motivar a colega do lado e não deixam ninguém desistir...
A língua em si não foi um problema porque me desenrasco bastante bem com o inglês, mas há muita coisa que mesmo assim não sei ou que tenho que aprender porque é diferente do que me foi ensinado. De qualquer forma elas têm sido super compreensivas e têm me ajudado quando não sei como dizer algo.
Os americanos em geral até agora têm sido simpáticos, divertidos, mas ao mesmo tempo há muita diferença entre eles, uns são mais frios e não pensam no tanto no outro, outros pensam sempre nos outros e tentam estar sempre prontos para ajudar acho que tem sempre a ver com a educação de cada um."
Porque a ambição não termina aqui!
"No voleibol quero chegar ao mais alto nível, quero poder jogar numa das melhores ligas do mundo, ser profissional e mostrar o meu valor e o que posso vir a dar à modalidade."
Marta Faria
Raparigas da Bola