Armindo Brandão, CP Freixo
Que desafios e dificuldades poderão os clubes esperar com este novo desafio?
Os desafios serão aliciantes, pois competir numa 2ª Divisão Nacional é muito mais motivador do que competir no Distrital. Sabemos que em termos financeiros será mais exigente, pois as despesas serão maiores, nomeadamente nas deslocações, mas também sabemos que é mais fácil arranjar apoios estando numa 2ª Divisão do que estando numa Distrital.
Um patamar intermédio entre as competições distritais e a primeira divisão, poderá trazer mais competitividade e com isso criar clubes mais preparados para uma eventual subida ao principal escalão do futsal feminino nacional?
Sem duvida que sim, pois aqui iremos defrontar sempre equipas com muita qualidade e de valor semelhante, o que trará sempre jogos muito equilibrados, aumentando assim o grau de exigência das atletas, que fará com que as mesmas evoluam muito mais e as equipas que subirem ao primeiro escalão já estarão muito melhor preparadas e com outras condições para competir de igual com esses clubes, acabando assim, o sobe e desce das equipas do distrital. Mas esta situação também seria muito benéfica para os clubes da 1ª Nacional, pois quando descessem de divisão iriam para um patamar intermédio e não cairiam diretamente numa Distrital, desmotivando por completo as jogadoras.Com esta competição de certeza que iriam aparecer muitas mais atletas com condições de representar a seleção Nacional.
E olhando também para os Campeonatos Distritais que também serão afetados com esta medida, quais serão os prós e os contras da construção duma segunda divisão?
Penso que os contras serão muito poucos ou quase nenhuns e eu só vejo prós, senão vejamos: Na distrital existem vários clubes que são crónicos campeões Distritais, desmotivando as outras equipas pois sabem que não conseguem competir com eles, o que faz com que esses clubes desanimem e até muitas vezes abandonam a competição. Assim, com a 2ª Divisão esses crónicos campeões passariam para essa divisão, abrindo assim novo alento para os outros poderem lutar pelo campeonato e por conseguinte também subirem de divisão.
Resumindo toda a gente fica a ganhar com a criação de uma 2ª Divisão Nacional, pois seria um passo de gigante para uma evolução no Futsal Feminino em Portugal.
Armindo Brandão