Rita Batista, CH dos Carvalhos



"Ora bem, nem sei por onde começar para descrever esta quarentena, mas talvez deva começar com um FIQUEM EM CASA!

Entrar nesta nova realidade que vivemos não foi fácil porque inicialmente não temos noção daquilo que vamos passar e demoramos um pouco a entender como as coisas vão ser daqui para a frente. Da minha parte não tenho feito uma quarentena a 100% porque trabalho num supermercado e então estou todos os dias sujeita a um contágio e acaba por se tornar uma situação de grande ansiedade e um pouco de pânico no momento que volto a casa a pensar que poderei contagiar os meus pais. Contudo, nas minhas folgas, pretendo sempre ficar fechada em casa ao máximo como uma forma de  tentar compensar a exposição que já tive e não arriscar de mais forma nenhuma. Lidar com a realidade do contágio a qualquer momento não é fácil, mas compensa quando há clientes que nos agradecem por estarmos lá. De resto é tentar evitar ao máximo o contacto direto com as pessoas e gastar mais desinfetante do que achava possível existir no mundo. Em termos da  ausência do desporto, não tem sido fácil, mas tento compensar isso ao fazer exercício todos os dias para ao mesmo tempo ocupar tempo e manter uma certa sanidade. No meio de tudo isto resta manter uma mente positiva e uma esperança enorme que isto acabe o mais rápido possível para podermos voltar a ter uma vida normal, aproveitar o tempo em família, que talvez não dávamos o valor devido antes, e lutar sempre até que o jogo acabe e a vitória seja nossa. 

E termino este texto da forma como o comecei, acrescentando, por ti, por nós, por todos, FIQUEM EM CASA!"

                                              

                                                                                                      Rita Batista


Raparigas da Bola

© 2016 Raparigas da Bola, Portugal

DESIGUALDADE DE GÉNERO NO DESPORTO É EXPOSTANuma semana marcada pelo Dia da Mulher e pelas maiores conquistas portuguesas de sempre no europeu de atletismo, as notícias que se seguiram a estes dias evidenciam a diferença de importância dada à mulher no desporto.

Em geral, é preciso uma mulher ganhar uma medalha para que ela tenha destaque e mesmo quando isso acontece, a visibilidade não é das maiores, como foi visto esta semana.

Ser uma mulher no desporto não é fácil. A falta de visibilidade, a falta de patrocínios e a falta de interesse geram um ciclo que torna complicada a formação de atletas mulheres de ponta.

O grupo Raparigas da Bola luta para quebrar este ciclo, dando voz e visibilidade a atletas femininas, de diferentes modalidades desportivas.

Percebendo-se que no Dia da Mulher há uma tendência para falar sobre mulheres, mas que logo no dia a seguir tudo volta à triste normalidade, o grupo resolveu intervir, usando os próprios jornais desportivos como ponto de partida.

A iniciativa intitulada #ElasTambémJogam, consistiu em transformar todas as notícias publicadas nestes jornais, no dia 9 de março, num gráfico dividido em duas cores: uma para os homens e outra para as mulheres.

Esses gráficos transformaram-se em verdadeiros jornais, mas sem nenhuma foto ou texto, só as cores que evidenciam a diferença de atenção dada às mulheres. Os jornais foram entregues a jornalistas, inluenciadores e atletas para que estes amplificassem o alcance desta ação, ainda no dia 09.

O desejo do grupo não é confrontar os jornais, pelo contrário, é fazer deste um momento de reflexão para que todos se possam unir e dar mais visibilidade às mulheres no desporto, já que elas acreditam que a partir daqui é possível começar a mudar este ciclo de desigualdade. «Mais visibilidade gera mais interesse do público, que desperta interesses de marcas, que gera investimentos e consequentemente volta a gerar visibilidade.» relata Marta Faria, fundadora do Raparigas da Bola.

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